A economia brasileira tem mostrado sinais de recuperação nos últimos meses. Com a taxa Selic mantendo-se estável desde agosto do ano passado e os principais índices de inflação (IPCA e IPCA-15). Com isso registrando quedas contínuas desde o início de 2023.
Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no portal Oportunidade News. Os dados IPCA-15, que é uma prévia da inflação, registrou sua primeira deflação em dez meses, com uma queda de 0,07% em julho.
Deflação + pressão no BC
Essa deflação tem aumentado a pressão sobre o Banco Central (BC) para que reduza a taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Apesar das críticas dos investidores e do governo federal à postura do BC, a instituição tem sinalizado que poderá realizar o primeiro corte de juros desde maio de 2020.
Sendo assim, a manutenção da Selic em seu atual patamar tem gerado preocupações sobre o desempenho econômico do Brasil em 2023. O IBC-Br, índice que mede a atividade econômica brasileira, apontou para uma retração de 2,0% da economia em maio.
Então o grupo que mais contribuiu para a deflação do IPCA-15 em julho foi o de energia elétrica, com reduções significativas nas tarifas em todo o país. O subgrupo ‘energia elétrica residencial’ registrou uma queda de 3,45% durante o período. Além disso, a deflação no preço dos alimentos (-0,40%) também contribuiu para a queda de 3,19% do IPCA-15 acumulado em 12 meses até julho.
Selic e eventual queda
Com a divulgação desses dados, a probabilidade de um corte de 0,5 ponto percentual na Selic ganhou força no mercado. Antes da divulgação do IPCA-15, a maior probabilidade era de um corte tímido de 0,25 ponto percentual. Agora, com uma deflação maior do que a esperada para este mês, as pressões sobre o Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto, aumentaram ainda mais.
A próxima reunião do Copom, onde o Banco Central anunciará o novo patamar da taxa básica de juros. Já está marcada para os dias 1 e 2 de agosto. A expectativa do mercado, assim como a do governo, é de que ocorra um aumento de 0,5 ponto percentual.
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